O exército sudanês acusou na quarta-feira as Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) de "sequestrar e assassinar" o governador do Estado do Darfur Ocidental.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, está "profundamente preocupado" com a situação no Darfur e "consternado com os relatos de violência em larga escala" em toda a região oeste do Sudão.
O Governo do Sudão declarou o chefe da Missão Integrada das Nações Unidas para a Assistência à Transição no Sudão (UNITAMS, na sigla em inglês), Volker Perthes, 'persona non grata', foi anunciado na quinta-feira.
A Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (UNMISS, na sigla em inglês) disse que pelo menos 13 pessoas morreram e 20 ficaram feridas devido à violência entre comunidades perto da base da missão.
Mais de 1,5 milhões de pessoas foram obrigadas a abandonar as suas casas desde o início dos confrontos no Sudão, em 15 de abril, segundo uma nova contagem da ONU divulgada na segunda-feira. O conflito está a aumentar e a crise humanitária "a piorar de dia para dia".
O exército do Sudão e as Forças de Apoio Rápido (FAR) paramilitares travaram combates nesta quinta-feira, perto de um importante complexo militar na capital do país, relataram testemunhas à AFP.
A região de Darfur, no oeste do Sudão, foi hoje declarada "zona de catástrofe" pelos contínuos assassínios e saques, anunciou o governador, Minni Arko Minawi, enquanto prossegue a incerteza sobre se haverá uma nova trégua no país.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, convocou hoje o Conselho de Segurança para informar os Estados-membros sobre a "situação dramática" no Sudão, na sequência do conflito entre o Exército e os paramilitares.
O exército sudanês e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) concordaram hoje em prolongar por mais cinco dias a trégua que dura, em teoria, há uma semana, anunciaram os mediadores, EUA e Árabia Saudita.
Os Estados Unidos e a Arábia Saudita alertaram hoje que as violações do cessar-fogo pelo Exército e pelo grupo paramilitar no Sudão estão a impedir a ajuda humanitária e o reestabelecimento de serviços essenciais no país.
O governador do Darfur, Minni Arko Minawi, apelou hoje aos civis desta região ocidental do Sudão a "pegarem em armas" diante do aumento dos ataques contra os cidadãos e do caos desencadeado no país há mais de um mês.
A organização não-governamental (ONG) Médicos Sem Fronteiras denunciou hoje os constantes saques e ataques às suas instalações nos combates entre o exército sudanês e as paramilitares Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês).
A capital do Sudão, Cartum, continua a ser um cenário de guerra, com vários bombardeamentos e confrontos, apesar da entrada em vigor de um cessar-fogo na segunda-feira ao final do dia.
Representantes do exército sudanês e das forças paramilitares de apoio rápido (RSF) acordaram hoje um cessar-fogo de uma semana a partir de segunda-feira, anunciaram os Estados Unidos e a Arábia Saudita.
O conflito no Sudão poderá levar a insegurança alimentar no país a atingir níveis recorde, com mais de 19 milhões de pessoas afetadas, ou seja, dois quintos da população, alertou hoje o Programa Alimentar Mundial (PAM) das Nações Unidas.
Os violentos confrontos no Sudão, que começaram em 15 de abril, obrigaram mais de 700.000 pessoas a fugir do país, o dobro do número registado há uma semana, anunciou hoje a ONU.
Mais de 64.000 pessoas, incluindo 60.000 sudaneses, fugiram para o Egito para escapar aos combates entre o Exército e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (FAR) que assolam o Sudão desde 15 de abril.
Considerada "a primeira atriz do Sudão", Asia Abdelmajid, de 80 anos, morreu hoje devido a ferimentos causados por estilhaços de um projétil que atingiu a sua casa, durante confrontos entre o exército e os paramilitares, disse o filho.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) estimou hoje que pelo menos 190 crianças foram mortas e 1.700 ficaram feridas no Sudão desde o início do conflito, em 15 de abril.
As Nações Unidas anunciaram hoje que necessita de 445 milhões de dólares (402 milhões de euros) para ajudar 860.000 pessoas que precisam de fugir dos combates mortais no Sudão entre o exército e os paramilitares, até outubro.
O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, disse hoje que os princípios da distinção, proporcionalidade e precaução, que integram o direito internacional humanitário, foram "espezinhados" por ambas as partes em conflito no Sudão.
A história das últimas três décadas no Sudão é quase sempre a de um inferno. Houve uma tentativa de aproximação à democracia entre 1986 e 1989, com um governo de coligação entre diferentes fações, liderado por um civil moderado, Shadiq al Mahdi. Depois, tudo correu mal.
O exército sudanês e as Forças de Apoio Rápido (RSF) acordaram hoje uma nova trégua de uma semana, com início na quinta-feira, após os ataques terem continuado apesar do cessar-fogo em vigor, anunciou o Sudão do Sul.