"As forças ucranianas registaram sucessos na direção de Novodanylivka e Verbove", duas localidades localizadas na região de Zaporijia, disse Andriy Kovaliov à imprensa estatal, acrescentando que as tropas estavam a controlar o território capturado e a atacar a artilharia russa.

O Ministério da Defesa russo afirmou no seu relatório diário que tinha repelido dois ataques ucranianos perto de Verbove e outros em diferentes setores da frente sul, sem mencionar especificamente a situação em Robotyne.

O Exército ucraniano tem liderado uma contraofensiva contra a invasão russa no leste e no sul desde junho, mas tem sido contida pelas fortes linhas de defesa das forças de Moscovo -- que passaram o inverno e a primavera a fortificar as suas posições, com trincheiras, armadilhas antitanque e campos minados em centenas de quilómetros - e os avanços são lentos.

No entanto, segundo analistas, a captura de Robotyne poderia permitir um avanço de relevo do Exército ucraniano nos seus objetivos no sul do país, em direção ao Mar de Azov.

Por sua vez, o chefe da ocupação russa da região de Donetsk (leste), Denis Pushilin, indicou na televisão russa que entre "os pontos mais quentes" da frente atualmente está numa área a cerca de 100 quilómetros a nordeste de Robotyne, onde os ucranianos estão na ofensiva.

O responsável garantiu ainda que o exército russo "mantinha os flancos" em torno de Bakhmout, cidade que está no centro dos combates há mais de um ano e tomada por Moscovo em maio passado. "A situação lá está a estabilizar-se", afirmou, enquanto a Ucrânia reivindicou pequenos avanços nas últimas semanas.

As autoridades ucranianas também anunciaram hoje que vão proceder à retirada forçada de menores de cinco cidades próximas da frente na região de Zaporijia.

A medida foi tomada pela administração militar da região e pelas restantes autoridades competentes e afetará 54 crianças que serão transferidas para áreas do país mais seguras acompanhadas por 67 familiares adultos.

As pessoas com mobilidade reduzida também serão obrigadas a abandonar as cinco cidades de Zaporijia perto da frente onde ocorrerá a evacuação, segundo um comunicado do Ministério da Reintegração dos territórios ocupados da Ucrânia.

Com a retirada dos civis mais vulneráveis ??e daqueles que não conseguem defender-se sozinhos ou decidir por si próprios, as autoridades ucranianas procuram proteger as suas vidas do fogo constante dos combates.

Kiev desaconselha a presença de civis nessas áreas, mas alguns residentes recusam-se a deixar as suas vilas e cidades.

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