Em comunicado, a direção nacional da Polícia de Segurança Pública diz que foram postas a circular em redes sociais fotografias de supostas instalações de alojamento das Forças Armadas que estariam a ser usadas pelos polícias mobilizados para a JMJ, que começou na terça-feira em Lisboa.

"Foi determinada uma verificação dos alojamentos disponibilizados, chegando-se à conclusão de que as fotos em questão não correspondem a qualquer instalação que esteja a ser usada pelos polícias mobilizados para a JMJ. Até ao momento, e do que foi apurado, todas as anomalias reportadas têm sido prontamente resolvidas, pelas nossas Forças Armadas, em cada um dos alojamentos", precisa a PSP.

Aquela força de segurança indica também que, "apesar de ter sido feita antes do início da JMJ, foi determinada uma reverificação das instalações para identificação de situações que efetivamente careçam de intervenção e possam eventualmente ser corrigidas".

A PSP explica que a JMJ é um evento "de dimensão sem precedentes no país que obrigou à mobilização de um número elevado" de polícias.

"Atendendo às limitações na disponibilidade de alojamento dos polícias e aos preços proibitivos do arrendamento, praticados em Lisboa, durante a JMJ, a PSP solicitou, nomeadamente nesta matéria, o apoio das Forças Armadas", sublinha.

Segundo a PSP, os alojamentos disponibilizados têm um custo máximo de cinco euros por dia, a suportar pelos polícias que neles pernoitem, tendo em conta que recebem 100% do valor das ajudas de custo legalmente previstas.

Segundo a PSP, foram deslocados para Lisboa cerca de 2.000 polícias dos vários comandos da PSP do país para reforçar o Comando Metropolitano de Lisboa, que se juntam aos cerca de 7.000 elementos que fazem parte do Cometlis.

Os 2.000 agentes da PSP ficam alojados em habitações da PSP e instalações das Forças Armadas.

Na segunda-feira, também o Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol) denunciou algumas das "condições deploráveis" em que os agentes da PSP deslocados em Lisboa para a JMJ estão instalados, falando em falhas de higiene e limpeza.

"Têm-nos chegado alguns relatos, inclusive algumas imagens. Nós ainda estamos em fase de processamento, a identificar quais os sítios que não têm as condições ideais, mas são imagens fortes, em condições deploráveis e dignas de terceiro mundo que nós vamos tentar escrutinar e alertar", relatou aos jornalistas o dirigente do Sinapol Tiago Fernandes.

A JMJ é um encontro de jovens de todo o mundo com o Papa Francisco e decorre até domingo em Lisboa, onde são esperadas mais de um milhão de pessoas.

CMP (JE) // FPA

Lusa/fim