Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 1,91%, para os 24.331,32 pontos, e o tecnológico Nasdaq avançou 1,58%, para as 9.121,32 unidades.

O alargado S&P500, por seu lado, valorizou 1,69%, para os 2.929,80 pontos.

No conjunto da semana, o Dow Jones progrediu 2,6%, o Nasdaq subiu 6% e S&P500 ‘saltou’ 3,5%.

Não obstante, as muito esperadas estatísticas do dia refletiram uma situação sombria, com a pandemia a levar à destruição de 20,5 milhões de empregos nos EUA, em abril, um nível recorde em tão curto espaço de tempo.

É “mais de duas vezes o número de perdas de emprego sofridas durante a crise financeira” de 2007-2009, destacaram os analistas da Oxford Economics. “Houve mais empregos perdidos nos últimos dois meses do que os criados na última década”, acrescentaram.

A taxa de desemprego, que era de 3,5% em fevereiro, cresceu para 14,7% em abril, o seu valor mais elevado desde junho de 1940.

Mas os investidores, que continuam a tentar antecipar os próximos resultados das empresas, “esperam que as estatísticas recuperem a partir do terceiro trimestre e melhorem nitidamente no quarto”, sublinhou Art Hogan, da National Holdings.

Este sentimento é encorajado por sinais como a afirmação dos dirigentes da Uber, que a sua atividade tinha recomeçado nas últimas três semanas, ou dos da Ford, que anunciaram o reinício da produção fabril nos EUA, em 18 de maio.

Por outro lado, vários Estados norte-americanos começaram a reabrir as respetivas economias e “os investidores não estão a antecipar uma segunda vaga de contágios, que possa conduzir a medidas de restrição tão estritas como a que foram recentemente decididas”, adiantou Hogan.

A este otimismo sobre o futuro próximo acrescenta-se o facto de que “há muito dinheiro em circulação”, com toda a liquidez injetada pelo banco central norte-americano desde há dois meses, para garantir o funcionamento dos mercados, o que alimenta a subida dos índices, detalhou este analista.

Os índices beneficiaram ainda das informações sobre o compromisso entre os negociadores norte-americanos e chineses para aplicarem o acordo comercial assinado no início do ano, apesar da pandemia do novo coronavirus.

Estas notícias foram vistas como um sinal positivo, uma vez que a tensão entre os dirigentes das duas primeiras economias mundiais parece ter sido reavivada nos últimos dias.