“Apelamos à administração norte-americana para que intervenha para evitar esse massacre, que alertamos que terá repercussões perigosas”, afirmou a liderança palestiniana, citada pela agência de notícias oficial Wafa.

A liderança da Autoridade Palestiniana afirmou ainda que multiplicaram as discussões “intensivas” com os seus parceiros internacionais sobre este assunto.

O exército israelita apelou nas últimas horas aos palestinianos para que abandonem “imediatamente” os bairros da parte oriental da cidade de Rafah, junto à fronteira com o Egito, perante a iminência de uma ofensiva em que as tropas de Telavive irão “usar força extrema contra organizações terroristas” em zonas residenciais.

As autoridades israelitas disseram que a operação envolveria cerca de 100 mil pessoas e argumentam que as últimas unidades ativas do grupo extremista Hamas estão em Rafah.

A comunidade internacional opõe-se firmemente a esta operação, para a qual as autoridades israelitas alertaram há várias semanas, uma vez que a cidade serve de refúgio a cerca de 1,4 milhões de palestinianos que fugiram de outras zonas do enclave, alvo de uma ofensiva israelita desde outubro de 2023.

O conflito atual foi desencadeado por um ataque do Hamas em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos, com Israel a responder com uma ofensiva que já provocou cerca de 35 mil mortos, segundo balanços das duas partes.

O Hamas controla o pequeno enclave palestiniano com 2,4 milhões de habitantes desde 2007.