A rede social Facebook tem estado no centro de uma vasta polémica internacional com a empresa Cambridge Analytica, acusada de ter recuperado dados de 50 milhões de utilizadores da rede social, sem o seu consentimento, para elaborar um programa informático destinado a influenciar o voto dos eleitores, favorecendo a campanha de Donald Trump.

“Os acontecimentos da semana passada mostraram que ainda há muito a fazer para o Facebook aplicar as suas políticas e ajudar as pessoas a perceberem como funciona, assim como as opções de escolha ao seu dispor relativamente aos seus dados”, afirma o Facebook em comunicado.

A rede social, liderada por Mark Zuckerberg, “percebeu claramente que as definições de privacidade e outras ferramentas importantes são difíceis de encontrar e que tem de fazer mais para manter os utilizadores informados”.

Assim, além dos anúncios feitos por Mark Zuckerberg a semana passada (reprimir os abusos da plataforma, o fortalecimento de políticas e facilitar às pessoas a possibilidade de anularem a capacidade das aplicações acederem aos dados), “serão tomadas medidas adicionais, durante as próximas semanas, para dar aos utilizadores um maior controlo sobre a sua privacidade”.

Segundo a empresa, o objetivo é tornar as configurações e ferramentas de dados mais fáceis de encontrar, através do menu de definições para dispositivos móveis, de um novo menu de atalhos de privacidade, e de novas ferramentas para encontrar, descarregar e apagar os dados dos utilizadores no Facebook.

O Facebook afirma que a maioria destas atualizações “estava já a ser trabalhada há algum tempo, mas os acontecimentos dos últimos dias reforçaram ainda mais a sua importância” e para as próximas semanas assegura que serão propostas atualizações dos termos de serviço da rede social.

“A política de dados será também atualizada para que seja mais fácil perceber que dados são recolhidos e como são utilizados. Estas atualizações visam uma maior transparência — não a obtenção de novos direitos de recolha, uso e partilha de dados”, afirma a empresa.

Para desenvolver estas ferramentas e atualizações, o Facebook trabalhou em conjunto com reguladores, legisladores e especialistas em privacidade.

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