Em nota, a Polícia Federal brasileira informou que a operação denominada Círculo Vicioso dá continuidade ao combate à fraude e desvios de contratos públicos na Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), administradora do porto de Santos.

Os investigadores visam empresários e funcionários públicos identificados na “Operação Tritão” que, em outubro de 2018, descobriu irregularidades em licitações e contratos com empresas de informática e segurança que aparentemente prestavam serviços no porto.

“Com base em elementos de prova obtidos quando da deflagração da Operação Tritão, depoimentos prestados em colaboração premiada [acordo para confessar crimes em troca de diminuição da pena] e diante de informações fornecidas por membros da atual diretoria da empresa detalhou e esclareceu as fraudes inicialmente investigadas”, refere a nota.

A Polícia Federal acrescentou que algumas fraudes no porto de Santos continuaram a decorrer, mesmo após a prisão de alguns membros da organização criminosa.

Os desvios de dinheiro, segundo as autoridades, chegam a 100 milhões de reais (cerca de 22,32 milhões de euros), segundo a Justiça Federal de Santos, que emitiu os mandados de prisão e de busca e apreensão.

O porto de Santos, a 100 quilómetros de São Paulo, maior cidade do Brasil, é considerado o maior complexo portuário da América Latina e por ali circulca um terço do comércio marítimo brasileiro.

Além de Santos, as buscas e prisões também são realizadas na cidade do Guarujá, em São Paulo, e nos estados do Rio de Janeiro e Ceará, onde residem alguns dos envolvidos.