O casal e outras três pessoas foram detidas durante uma operação do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro por suposta participação num esquema de corrupção da Odebrecht que sobrevalorizou contratos públicos para programas populares de habitação da Prefeitura da cidade de Campos dos Goytacazes, localizada no estado do Rio de Janeiro.

Rosinha Garotinho foi eleita prefeita de câmara e governou a cidade de Campos dos Goytacazes duas vezes (entre os anos de 2009 e 2017).

Segundo relatos de envolvidos no caso investigado pela força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro que firmaram acordo de colaboração premiada (confissão de crimes em troca da diminuição da pena) com a Justiça, os dois ex-governadores desviaram 50 milhões de reais (10,9 milhões de euros) dos cofres públicos de Campos dos Goytacazes.

Os detalhes foram revelados pelos antigos executivos da Odebrecht Leandro Andrade Azevedo e Benedicto Barbosa da Silva Júnior.

Os ex-governadores foram detidos hoje de manhã na sua residência no bairro do Flamengo, na cidade do Rio de Janeiro.

Rosinha Garotinho, de 56 anos, governou o Rio de Janeiro entre 2003 e 2006, e após sair do cargo acabou por ser acusada de fraude eleitoral e foi detida em novembro de 2017, juntamente com o marido.

Anthony Garotinho, de 58 anos, governou o estado do Rio de Janeiro entre os anos de 1999 e 2002 e foi preso três vezes acusado de fraude eleitoral durante as suas campanhas, mas acabou por ser libertado.

O ex-governador também foi acusado das práticas dos crimes de corrupção, concussão, participação em organização criminosa e falsa prestação de contas.

Embora a Justiça brasileira tenha suspendido os seus direitos políticos por oito anos e ordenado que Anthony Garotinho pagasse milhões de multas, o ex-governador ficou preso uma semana e, desde então, estava em liberdade condicional.