São consideradas pessoas em situação de extrema pobreza aquelas com rendimentos abaixo de 1,9 dólares por dia (1,7 euros), segundo critério adotado pelo Banco Mundial.

Embora a percentagem tenha ficado estável em relação a 2017, subiu de 5,8% (quando afetava 11,2 milhões de pessoas), em 2012, para 6,5% em 2018, um recorde em sete anos.

O Brasil conseguiu reduzir as taxas de pobreza extrema para 4,5% da população, mas a partir de 2014 a taxa começou a subir novamente devido à grave crise económica que derrubou o produto interno bruto (PIB) do país sete pontos percentuais, entre os anos de 2015 e 2016.

O estudo do IBGE indicou também que embora um milhão de pessoas tenham deixado a linha de pobreza — com rendimento diário inferior a 5,5 dólares (cinco euros)– um quarto da população brasileira, ou 52,5 milhões de pessoas, ainda vivia nesta faixa de rendimento.

O índice caiu de 26,5%, em 2017, para 25,3% em 2018, porém, a percentagem está longe do alcançado em 2014, o melhor da série histórica, quando a pobreza atingia 22,8% da população brasileira.

“Em 2012, foi registado o maior nível da série para a pobreza, 26,5%, seguido de queda de quatro pontos percentuais em 2014. A partir de 2015, com a crise económica e política e a redução do mercado de trabalho, os percentuais de pobreza passaram a subir, com pequena queda em 2018, que não chega a ser uma mudança de tendência”, avaliou Pedro Rocha de Morais, analista do IBGE.

O estudo indicou ainda que a pobreza afeta sobretudo pessoas de raça negra e mulatos, que representam 72,7% dos pobres vivendo no Brasil, o que em números absolutos são 38,1 milhões de pessoas.

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