Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average cedeu 0,98%, o tecnológico Nasdaq recuou 2,17% e o alargado S&P500 perdeu 1,38%.

Nas últimas 17 sessões bolsistas, o Dow Jones fechou com ganhos em 16.

"Chegou a altura de uma correção no mercado", comentou Quincy Krosby, da LPL Financial, apontando que "o relatório da Fitch foi o causador desta inversão".

A agência de notação financeira reviu em baixa de um grau o 'rating' dos EUA, que era o máximo (AAA, para AA+).

A Fitch justificou a sua decisão com as crises políticas repetidas em torno do orçamento e da dívida e as inquietações quanto à aceleração da despesa pública.

A praça nova-iorquina cedeu à crispação e o índice VIX, que mede o nervosismo dos operadores, registou o máximo do último mês, apesar de continuar baixo, em termos de média histórica.

"O que a Fitch diz é importante, (...) mas a Moody's não a seguiu, até agora, e pesa mais no mercado", realçou Quincy Krosby, para explicar a fraca reação dos investidores, quando uma ação similar da Standard & Poor's (S&P), em 2001, tinha causado um forte abalo nos mercados.

A Moody's, uma das três grandes agências de notação financeira, com a S&P e a Fitch, continua a atribuir aos EUA a sua nota máxima, o triplo A, o que significa que não tenciona revê-la a curto prazo.

A praça de Wall Street não encontrou alívio no relatório da ADP sobre o emprego, que mostrou a criação de 324 mil empregos no setor privado em julho, quase o dobro dos 190 mil esperados pelos economistas.

"Wall Street tem tendência a ignorar o relatório ADP, mais a mais quando a sua nova metodologia [de contagem] tem apenas um ano", sublinhou, em nota analítica, Edward Moya, da Oanda, a propósito de um indicador que, por tradição, é considerado pouco fiável.

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Lusa/fim