Os resultados definitivos da sessão indicam que o alargado S&P500 caiu 0,9%, o seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 0,2% e o tecnológico Nasdaq baixou 1,5%.

A Fed manteve hoje inalterada a sua taxa de referência, que ainda continuou no seu nível mais alto em mais de duas décadas.

Os seus dirigentes adiantaram que poderiam subir a taxa dos fundos federais mais uma vez este ano. O presidente da Fed, Jerome Powell, afirmou que esta estava perto de atingir o máximo, se é que não o tinha já atingido.

Ms, talvez mais importante para os investidores, os dirigentes da Fed sugeriram que poderiam reduzir a taxa em 2024 em apenas meio ponto percentual do valor que tiver no final de 2023.

Isto é só metade do ponto percentual que se falava em junho.

Isto pode ser negativo para Wall Street, onde os investidores querem cortes das taxas, devido ao estímulo que estes por norma dão a todos os tipos de investimento.

As cotações das ações resistiram às notícias iniciais da reunião da Fed, mas caíram depois.

"À medida que nos distanciamos da reunião, a mensagem fica mais clara", disse Sameer Samana, estratego senior para mercados globais do Wells Fargo Investment Institute. "Estamos à espera que os mercados sofram um bocado por causa disto", adiantou.

De resto, a sua opinião é mesmo a de que há poucas possibilidades de a Fed alcançar o seu objetivo de controlar a inflação sem causar uma recessão à economia dos EUA.

Já o economista-chefe da Annex Wealth Management, Brian Jacobsen, antecipou que as futuras reuniões do comité de política monetária da Fed (FOMC, na sigla em Inglês), "vão motivar uma guerra entre os investidores, que querem cortes da taxa, e a Fed, que receia que o seu trabalho não fique feito".

Contrapôs ainda que "a Fed está a projetar alcançar os seus objetivos nas taxas de d4semprego e inflação em 2026, mas os investidores são mais impacientes do que isso". Como comparou: "Um ano é uma eternidade para os investidores; dois anos é impensável".

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Lusa/fim