Em comunicado, a UP explica que a exposição "Bonecos de Barcelos -- Identidade, Tradição e Criação Artística" apresenta peças das décadas de 1930 e 1940 do Museu de História Natural e da Ciência da UP (MHNC-UP) e das décadas de 1950 a 1970 das coleções e doações ao MHNC-UP dos arquitetos Alexandre Alves Costa e Sergio Fernandez, antigos estudantes da Escola Superior de Belas Artes do Porto, precursora da Faculdade de Belas Artes daquela universidade.

A exposição, que vai ficar patente até 02 de março nas Galerias da Casa Comum, na reitoria da UP, pretende responder a questões sobre como era a arte popular durante o Estado Novo e qual o aspeto do galo de Barcelos original.

A mostra, salienta o texto, nasce do "encontro entre professores, estudantes e barristas barcelenses", chamando a "atenção para uma expressão da arte popular que era pouco valorizada e impactou a produção artística de figurado local".

"Do Alto Minho a Trás-os-Montes e ao Alentejo, num país pobre, os estudantes encontraram a beleza de uma autenticidade sem retoques, em contraste absoluto com a realidade inventada pelo Estado Novo", apontou a UP.

No texto, a UP explicou que Alexandre Alves Costa e Sergio Fernandez, que começaram a colecionar aquelas peças quando eram estudantes, percorrerem as barracas de feiras, descobrindo peças produzidas manualmente.

A UP salientou ainda a obra da Rosa Ramalho (1888-1977), a bairrista minhota que "assumiu projeção nacional" e em 1964 recebeu a medalha Artes ao serviço da Nação, na Feira de Artesanato de Cascais.

A abertura da exposição está marcada para as 18:00 e a entrada é livre.

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