De acordo com a Plataforma de Avaliação do Risco de Extinção da Fauna (Salve), uma plataforma virtual lançada hoje na sede do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em Brasília, 10,8% das espécies do país estão criticamente ameaçadas, em perigo, vulneráveis ou quase ameaçadas.

A plataforma descreve 364 espécies, 2,5% do total, como criticamente em perigo; outras 428 como em perigo (2,9%), 469 como vulneráveis (3,2%) e 320 como quase ameaçadas (2,2%).

Das espécies listadas, seis já estão extintas, uma está extinta na natureza (restam exemplares em cativeiro) e três estão extintas nas suas regiões de habitat.

De acordo com a plataforma, a grande maioria das espécies brasileiras (11.767 ou 79,6%) está numa situação "menos preocupante" em termos de ameaças de extinção, e para outras 1.207 (8,2%) não há dados suficientes para indicar o grau de ameaça que enfrentam.

De acordo com a plataforma, entre as espécies ameaçadas, 270 são invertebrados terrestres, 291 peixes terrestres, 256 aves, 102 peixes marinhos, 90 mamíferos, 78 invertebrados de água doce, 71 répteis, 59 anfíbios, 32 invertebrados marinhos e 12 mamíferos aquáticos.

Entre as 364 espécies mais ameaçadas ou criticamente em perigo encontram-se peixes de água doce, como a garoupa (Epinephelus itajara), macacos, como o saki de barba preta (Chiropotes satanas) ou o mico-careca (Saguinus bicolor), as araras americanas (Mazama americana) e anfíbios, como a tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea).

Também se destacam aves como a arara-azul (Cyanopsitta spixii), uma das mais conhecidas do Brasil.

Até ao momento, a plataforma catalogou 5.513 espécies de um total de 14.785 existentes no país, pelo que o número de espécies ameaçadas pode aumentar à medida que os estudos avançam.

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