O procurador Mats Ljungqvist, do Ministério Público sueco, disse num comunicado que "a investigação foi sistemática e completa".

"No contexto da situação que temos neste momento, podemos afirmar que a jurisdição sueca não se aplica", referiu Ljungqvist.

A investigação da Suécia foi apenas uma das três sobre as explosões. A Dinamarca e a Alemanha também estão a investigar a sabotagem aos gasodutos Nord Stream 1 e 2.

"Não há indícios que a Suécia ou cidadãos suecos estivessem envolvidos neste ataque, que ocorreu em águas internacionais", acrescentou.

O procurador sueco sublinhou que "a investigação alemã continua e devido ao sigilo que prevalece na cooperação jurídica internacional", não poderia "comentar mais sobre a cooperação que aconteceu" entre os países.

"Também não poderei comentar sobre as conclusões da investigação sueca ou comentar sobre quaisquer pessoas suspeitas na investigação sueca", disse Ljungqvist.

O procurador sueco destacou "a boa cooperação" com a Dinamarca e a Alemanha, países com os quais partilharam "continuamente informações e relatórios de situação".

"Tivemos uma cooperação profunda com a investigação conduzida pelas autoridades alemãs. No âmbito desta cooperação jurídica, conseguimos entregar material que pode ser usado como prova na investigação alemã", referiu.

Quatro enormes vazamentos de gás precedidos por explosões subaquáticas ocorreram em 26 de setembro de 2022, com algumas horas de intervalo, no Nord Stream 1 e 2, gasodutos que conectam a Rússia à Alemanha e transportavam a maior parte do gás russo para a Europa.

Os ataques ocorreram quando a Europa estava a afastar-se das fontes de energia russas, após a invasão da Ucrânia pela Rússia, contribuindo para as tensões que se seguiram ao início da guerra no território ucraniano em fevereiro de 2022.

CSR // APN

Lusa/Fim