O concerto, sob a direção musical de Katarzyna Tomala-Jedynak, maestrina principal e diretora artística da orquestra, realiza-se no âmbito das celebrações dos 90 anos de Krzysztof Penderecki (1933-2020), que foi mentor da Sinfonietta de Cracóvia, tendo sido já apresentado nas cidades espanholas de Alicante, Bilbau e Madrid.

Além das obras de Penderecki, o programa que será apresentado no Porto inclui o Concerto para orquestra de cordas da polaca Grazyna Bacewicz, e a Sinfonia para orquestra de cordas n.º 9, "Suíça", de Mendelssohn.

A Sinfonietta Cracóvia, dirigida por Penderecki, interpretou as suas múltiplas obras, e apresenta nesta digressão "um programa que inclui tanto o cânone do compositor para orquestra de cordas, como arranjos inteiramente novos das peças tornadas populares pelo cinema", segundo o texto de apresentação do concerto, divulgado pela Casa da Música.

O concerto apresenta novos arranjos que "combinam o som das cordas com a música eletrónica", preparados pelo jovem músico polaco Jan Sanejko, com a participação do músico Ben Watkins, cofundador do projeto Juno Reactor.

Durante a sua carreira, Krzysztof Penderecki ganhou vários prémios, incluindo cinco Grammy.

Na temporada de 2018/2019 foi "artista convidado" da Orquestra Metropolitana de Lisboa, tendo dirigido a orquestra portuguesa a 09 de junho de 2019, num concerto cujo programa incluiu o seu 2.º Concerto para violino e orquestra, "Metamorfoses".

Entre as composições mais conhecidas de Penderecki, encontram-se "Trenodia para as Vítimas de Hiroshima", "Paixão Segundo São Lucas", "Requiem Polaco" e a Sinfonietta n.º 3, que faz parte do programa a apresentar no Porto.

Krzysztof Penderecki foi também autor de bandas sonoras para cinema, nomeadamente, de "O Exorcista" (1973), de William Friedkin, "The Shining" (1980), de Stanley Kubrick, e "Um Coração Selvagem" (1990), de David Lynch.

Penderecki iniciou a carreia de compositor em 1959, durante o Festival de Outono de Varsóvia, onde as suas obras apresentadas a concurso conquistaram os três primeiros lugares.

O compositor polaco, natural de Debica, foi distinguido com a Commander's Cross, da antiga Alemanha Federal, em 1964, o Prix Italia, em 1967 e 1968, a Cruz de Cavaleiro da Ordem da Polónia Restituta, em 1964, o Prémio Wolf das Artes de Israel, em 1987, e o Grawemeyer Award for Music Composition, da Universidade de Louisville (Estados Unidos) em 1992.

Os cinco prémios Grammy foram atribuídos em 1987, 1988, 2001, 2013 e 2017, nas áreas da Música Coral e da Composição Contemporânea, tendo sido distinguidas obras como pelo pelo 2.º Concerto para violoncelo e 2.º Concerto para violino e orquestra, assim como a série de álbuns "Penderecki conducts Penderecki", com a Filarmónica de Varsóvia, editados em 2016-17.

"Magnificat", "Paixão Segundo São Lucas" e "Requiem Polaco" foram também alvo de nomeações para melhores obras de música contemporânea, nas edições dos Grammy de 1975 e 1991.

NL // MAG

Lusa/Fim