"Estamos em greve e a adesão deve ultrapassar 90%. Está a correr muito bem", afirmou João Cardoso, líder sindical, na Praia.

A greve está a paralisar a escolas do primeiro ao 12.º ano em quase todo o arquipélago e foi convocada por falta de acordo com o Governo sobre reajustes salariais e outros pontos da carreira docente.

Os professores querem um aumento do salário base a rondar 36% (para 107 mil escudos, cerca de 970 euros), mas o Governo não aceitou esta proposta, justificando que teria um "impacto orçamental" superior a 2,25 mil milhões de escudos (20,4 milhões de euros).

O argumento foi hoje reafirmado pelo ministro da Educação, em conferência de imprensa, na Praia.

"Não há país que aguente" aumentos de 36%, referiu, reiterando empenho em procurar soluções, sem que ponham em causa a estabilidade orçamental.

O Ministério da Educação não avançou com qualquer estimativa sobre a adesão à greve, que continua na quinta-feira.

ROZS/LFO

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