"Senhor Presidente, a mensagem que hoje vos transmito é que os Estados Unidos estão convosco e vão permanecer convosco durante muito tempo", declarou Lloyd Austin, e com Zelensky a qualificar esta visita como "um sinal muito importante" para a Ucrânia.

Após a reunião com Zelensky, o responsável pela Defesa dos EUA assinalou em mensagem na rede social X que os Estados Unidos e aliados "continuarão a apoiar as necessidades urgentes da Ucrânia no campo de batalha e as necessidades de defesa a longo prazo".

Austin mostrou-se "honrado" por se reunir com Zelensky, a quem manifestou "o apoio firme dos Estados Unidos à Ucrânia".

O responsável norte-americano chegou a Kiev acompanhado pelo chefe do comando europeu dos Estados Unidos, general Christopher Cavoli.

Previamente, e em comunicado, o Pentágono indicou que Lloyd Austin "viajou hoje para a Ucrânia para se encontrar com os líderes ucranianos e reforçar o apoio inabalável dos Estados Unidos à luta da Ucrânia pela liberdade".

A visita não foi anunciada com antecedência por razões de segurança.

Segundo a mesma fonte, o responsável norte-americano pretendeu sublinhar com esta deslocação "o compromisso contínuo dos Estados Unidos em fornecer à Ucrânia a assistência de segurança necessária para se defender da agressão russa".

A viagem a Kiev, de comboio a partir da Polónia, é a segunda do chefe do Pentágono desde que a Rússia lançou a sua invasão em território ucraniano.

Washington é o maior fornecedor de ajuda militar a Kiev e uma redução na ajuda dos EUA representaria um profundo golpe para a Ucrânia e os seus esforços para libertar o sul e o leste do país, na sequência de uma contraofensiva iniciada em junho mas que não registou avanços significativos.

Os Estados Unidos forneceram dezenas de milhares de milhões de dólares em ajuda militar desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, e comprometeram-se repetidamente a apoiar Kiev durante o tempo que for necessário, mas esta promessa tem sido minada pela crescente oposição entre diversos eleitos republicanos.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

PCR (SO) // APN

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