A responsável falava na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, na audição da sua indigitação.

"É preciso mais diálogo com os operadores", saber quais as ansiedades, desafios "que o setor enfrenta", "é preciso dialogar sem perder" a independência, prosseguiu.

"Nós não podemos defender os interesses dos consumidores, esquecendo que existe o lugar da oferta, é preciso fazer esse equilíbrio", garantindo "o investimento em tecnologia, cibersegurança e segurança, em geral", sublinhou, referindo que no seu mandato pretende também dar grande relevância à sustentabilidade.

Quanto às fidelizações, recordou que vem da área comportamental e que existem enviesamentos comportamentais.

Salientou que a Anacom "produz muita informação" e até "tem um podcast muito interessante", mas uma coisa "é a produção de informação, o problema é a forma de os fazer chegar".

Sandra Maximiano defendeu que são necessárias ferramentas para que o consumidor mude de operador, que negoceie.

"A negociação é importante", mas em Portugal os consumidores não têm essa tradição, disse, considerando ser necessária uma alteração do seu perfil.

Na audição, o Chega considerou que esta não era altura para se fazer estas audições.

Em resposta, Sandra Maximiano disse considerar-se "uma pessoa independente"

"Se achasse que este não era o momento de estar não teria aceite o convite logo de início e não marcar [esta] reunião seria um sinal errado que não existe essa independência das pessoas indigitadas para esses cargos", rematou.

ALU // EA

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