"O futuro em paz e segurança está na solução de dois Estados", disse Sánchez, que se reuniu com Abbas à margem da Cimeira da Paz que se realiza a leste do Cairo, para onde se deslocou a nova capital administrativa da Autoridade Palestiniana, de acordo com a rede social X (antigo Twitter).

Sanchez manifestou a sua solidariedade com o "sofrimento do povo em Gaza" e anunciou que "Espanha vai aumentar a ajuda humanitária e a cooperação com a Palestina", referindo-se ao aumento de quatro milhões de euros de ajuda a este país até ao final do ano.

O chefe do Governo espanhol, que se deslocou ao Egipto acompanhado pelo seu ministro dos Negócios Estrangeiros, José Manuel Albares, afirmou hoje, por outro lado, num discurso perante uma grande representação de países árabes, a condenação da Espanha e da União Europeia "de toda a inimizade contra Israel" e reconheceu o seu direito à defesa "de acordo com o direito internacional".

"Pensamos que a situação está a piorar, há coisas a resolver: as vidas dos civis devem ser protegidas e a ajuda deve chegar até eles. Isso significa um cessar-fogo imediato para ajudar a população de Gaza (...) E o Hamas tem de libertar os reféns incondicionalmente. Temos todos de garantir isso", afirmou.

O grupo islamita Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.

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