"Partimos do princípio de que esta questão faz parte das relações entre a Venezuela e Guiana, e deve ser solucionada num espírito de boa vizinhança através de soluções pacíficas mutuamente aceitáveis", afirmou, em comunicado, a porta-voz russa dos Negócios Estrangeiros, Maria Zajárova.

Maria Zajárova acrescentou que as soluções encontradas devem estar "em conformidade com o direito internacional e os acordos celebrados entre as partes, assim como as legislações nacionais".

Segundo a diplomata, Moscovo "considera prioritário minimizar a tensão e reforçar a confiança nas relações entre a Venezuela e Guiana".

"Apelamos às partes para que se abstenham de qualquer ação que possa desequilibrar a situação e causar danos mútuos", reforçou.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, deverá visitar a Rússia, país que apoiou na guerra contra a Ucrânia, até ao final do ano, de acordo com o Kremlin.

A Secretaria-Geral da Organização dos Estados Americanos considerou na quinta-feira "ilegal e ilegítimo" o referendo sobre Esequibo convocado por Maduro.

A maioria dos cidadãos que participaram no referendo foi a favor da anexação da região pela Venezuela, tal como a Rússia fez com a península da Crimeia e outras quatro regiões da Ucrânia.

A região do Esequibo é constituída por 160.000 quilómetros quadrados de floresta rica em recursos.

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