De acordo com o Boletim Estatístico da Agência de Aviação Civil (AAC) consultado hoje pela agência Lusa, no mês de julho os aeroportos e aeródromos cabo-verdianos receberam 56.048 passageiros domésticos e 173.932 internacionais.

Quando comparado com o mesmo mês do ano anterior, esse aumento é de 8,9%, enquanto é superior em 22,8% relativamente a junho.

No mês em análise, os aeroportos e aeródromos do arquipélago movimentaram 2.404 aeronaves, nos voos nacionais e internacionais, um aumento de 8,5% comparando com o mês anterior, e de 3,3% quando comparado com junho de 2022.

Em julho, os aeroportos e aeródromos de Cabo Verde registaram movimentos de 75.369 toneladas de carga, mais 3,6% do que no mês anterior, mas uma redução de 5,1% comparativamente a junho do ano passado.

Em sentido contrário, o movimento de correios efetuado por companhias aéreas nacionais e estrangeiras registou uma redução relativamente ao mês anterior (-17,4%) e 1,3% em relação ao mês homólogo, situando-se nas 26.809 toneladas.

Os quatro aeroportos internacionais e os três aeródromos do arquipélago registaram em todo o ano de 2022 um movimento 2.177.611 passageiros nos voos domésticos e do exterior, um aumento de 162% face aos 830.240 em 2021.

Ainda de acordo com os dados da AAC, os aeroportos e aeródromos cabo-verdianos somaram 25.400 movimentos de aeronaves, face aos 14.284 em 2021.

Apesar do forte crescimento em 2022, o movimento aeroportuário em Cabo Verde continuou muito abaixo dos valores anteriores à pandemia de covid-19.

Em 2019, ano em que o arquipélago bateu o recorde de turistas, com mais de 819.000, esse movimento foi de 2.771.931 passageiros e 35.202 aeronaves.

O Governo cabo-verdiano assinou em 18 de julho de 2022 um contrato de concessão do serviço público aeroportuário ao grupo Vinci, envolvendo a gestão por 40 anos dos quatro aeroportos internacionais e três aeródromos, recebendo 80 milhões de euros de renda, prevendo o seu início ainda este ano.

A nova empresa que vai gerir os aeroportos de Cabo Verde é participada em 70% pela Vinci Airports e em 30% pela portuguesa ANA (por sua vez detida totalmente pela Vinci desde 2013).

A entrega simbólica da concessão do serviço público aeroportuário à Cabo Verde Airports aconteceu na ilha do Sal em 24 de junho, e começou logo a funcionar.

Já a ASA, que até ao mês passado fazia essa gestão, continuará a prestar os serviços de Navegação Aérea, assegurando a gestão dos voos que têm Cabo Verde como origem ou destino, bem como dos voos que atravessam a FIR Oceânica do Sal nas rotas que ligam os continentes através do oceano Atlântico.

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