De acordo com o estudo, uma das mais antigas pesquisas realizadas pelo INE moçambicano, o país contava no final do ano passado com 6.909.016 agregados familiares, cada um com um número médio de 4,6 membros.

Um terço dos agregados familiares, 33%, tinham três a quatro membros, 29,6% tinham cinco a seis membros, e 19,6% mais de sete membros, enquanto 17,8% apenas um a dois membros.

"O tamanho e a estrutura etária dos membros de um agregado familiar influenciam os padrões de consumo do mesmo. Por exemplo, a presença de crianças ou idosos num agregado familiar tem implicações importantes para a definição das prioridades de consumo da família, particularmente no que diz respeito à alocação de recursos para educação e saúde", aponta o relatório.

Para efeitos do IOF 2022, em cada agregado familiar foi identificado um chefe, indivíduo, indicado pelo agregado familiar que "é a pessoa responsável pelas decisões do dia-a-dia no domicílio e a sua autoridade é reconhecida pelos outros membros", explica o INE.

"No país, em cada 100 agregados familiares 71 são chefiados por homens e apenas 29 são chefiados por mulheres. Por outro lado, observa-se que 50% dos agregados familiares são chefiados por pessoas abaixo de 41 anos", lê-se.

O estudo estima uma população total de 31.615.255 em Moçambique, a maior parte, 49,2%, com idade compreendida de 15 a 64 anos, seguindo-se a faixa até 14 anos, 47,2%, e depois os maiores de 65 anos, com 3,6% do total.

Um dos indicadores analisado no estudo é a taxa de emprego ou taxa de ocupação, que é a relação entre a população de 15 anos ou mais, que no período de referência se encontrava na situação de empregada e o total de população em idade de trabalhar (15 anos ou mais), que foi estimada em 73,2%, equivalente a 11.389.792 pessoas, em 2022.

O ramo da agricultura, silvicultura e pesca absorve cerca de 75% da população empregada em todo o país. "Em quase todas as províncias, mais de 65% da população empregada exerce as suas atividades económicas no ramo da agricultura, silvicultura e pesca",refere.

"Entretanto, para a província e cidade de Maputo, a maior parte da população está ocupada no ramo de comércio e finanças, e outros serviços", aponta ainda o estudo.

Acrescenta que 90,7% da população sem nenhum nível de educação e 93,6% da que nunca frequentou escola desenvolve as suas atividades económicas no ramo da agricultura, silvicultura e pesca.

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