"Essa guerra, se tivesse sido discutida no Conselho de Segurança da ONU, tivesse sido levada a sério e, se o Conselho de Segurança da ONU se comportasse como uma governança global, que respeitasse o coletivo dos países mundiais, possivelmente chegássemos à conclusão de que não tem que ter guerra. A Rússia não tem que invadir a Ucrânia", afirmou Lula da Silva, num evento organizado no Palácio do Planalto, em Brasília, com a imprensa internacional.

Questionado sobre os esforços que o país está a fazer para terminar com a guerra, Lula da Silva afirmou que "a primeira coisa" que "está a fazer é não participar nesta guerra".

Lula admitiu que uma proposta de paz só pode ser discutida quando os dois países em conflito a quiserem discutir, insistindo que os líderes mundiais devem trabalhar nesse sentido em vez de alimentarem a guerra.

"O Brasil está naquele rol de países que está procurando um caminho para que se possa usar a palavra paz. Por enquanto a gente não tem ouvido nem de Zelensky nem do Putin a ideia de que nós vamos parar e vamos negociar", afirmou

"Enquanto isso, as pessoas estão morrendo", acrescentou.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada em 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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