Esta iniciativa, liderada pelos Estados Unidos, junta 91 Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) numa "demonstração de solidariedade e comprometimento", que pretende "acabar com o uso de alimentos como uma arma de guerra".

"O comunicado conjunto de hoje nasceu da determinação dos Estados Unidos de usar novamente a sua presidência do Conselho de Segurança da ONU para chamar a atenção para a insegurança alimentar induzida por conflitos", destacou o Departamento de Estado norte-americano, em comunicado.

Os países sublinharam, na declaração conjunta, que a comunidade internacional "há muito tempo que enfrenta [o uso] da fome de civis como uma tática de guerra", comprometendo-se a "tomar medidas para acabar com o uso de alimentos como uma arma de guerra e a fome dos civis como uma tática de guerra".

"Reafirmamos a principal responsabilidade dos estados de proteger a população por todo o seu território e a necessidade de todas as partes em conflitos armados de respeitarem os princípios humanitários da humanidade, neutralidade, imparcialidade e independência no fornecimento de assistência humanitária", pode ler-se.

O secretário de Estado norte-americano, Antony J. Blinken, defendeu, durante um debate de alto nível do Conselho de Segurança da ONU sobre fome e insegurança alimentar global induzida por conflitos, que é possível ajudar "os que estão em necessidade urgente".

"Podemos garantir que as pessoas em todo o mundo sejam alimentadas regularmente. Se fizermos isso, se construirmos um mundo mais saudável, mais estável e mais pacífico para todos, teremos pelo menos começar a cumprir a responsabilidade confiada a nós, confiada a este conselho, confiada a essa instituição", frisou Blinken, citado na nota de imprensa.

Também a representante dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, lembrou que num "mundo abundante com comida, ninguém deve morrer de fome".

"Esta é uma questão humanitária, é uma questão moral, e essa é uma questão de segurança. E devemos abordar o promotor mais insidioso da fome e da insegurança alimentar: o conflito", frisou a embaixadora.

Além dos EUA e Portugal estão entre os signatários países como a Austrália, Cabo Verde, Canadá, Alemanha, França, Espanha e Reino Unido.

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