Os polícias militares e civis do Rio de Janeiro poderão receber esse bónus quando apreenderem esse armamento no exercício das suas funções ou quando estiverem de folga, segundo o Diário Oficial.

O fuzil apreendido também terá que ter uma série de requisitos: não ter registo e/ou o proprietário não tiver a devida autorização de porte.

Casos em que a arma esteja na posse de um adolescente também são contemplados.

Posteriormente, a arma terá de ser submetida a uma peritagem e só serão pagas as que estiverem em condições de funcionamento.

"Essa é mais uma ação estratégica no nosso governo. No primeiro semestre desse ano, as forças de segurança alcançaram a marca de 366 fuzis apreendidos. Fuzil é arma de guerra. Quanto mais tirarmos das mãos de bandidos, menos será necessário que os nossos policiais usem", escreveu o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, nas redes sociais.

De acordo com o decreto, se mais de um polícia fardado estiver envolvido na apreensão, o valor da gratificação será dividido entre todos os participantes da ação.

De acordo com dados oficiais, as forças de segurança do Rio de Janeiro apreenderam 366 armas de assalto no primeiro semestre deste ano, uma média de dois por dia, um aumento de 64% em relação ao mesmo período do ano passado.

O Rio de Janeiro, cuja capital é palco de frequentes confrontos entre policias e traficantes de droga que controlam partes da cidade, é um dos estados brasileiros onde a polícia é mais mortífera.

No dia 02 de agosto, uma dezena de pessoas foram mortas durante uma operação numa favela, numa tentativa de capturar alguns dos líderes do Comando Vermelho, uma das maiores organizações criminosas do Brasil.

Só no ano passado, 1.327 pessoas foram mortas pelas forças de segurança no Rio de Janeiro, o que equivale a cerca de um terço (29,7%) de todos os homicídios na região, de acordo com o governo.

MIM // PJA

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