De acordo com dados da Bloomberg, às 10:30, a onça de ouro caía 0,75%, para 1.831,25 dólares, que representa uma queda de quase 10% em relação aos máximos registados em maio, quando atingiu 2.050,28 dólares.

O ouro atingiu um máximo histórico de 2.075,47 dólares por onça em agosto de 2020.

Segundo especialistas citados pela Efe, o ouro está numa trajetória descendente devido à força demonstrada pelo dólar, um dos ativos considerados porto seguro, e com o qual mantém uma correlação inversa.

Os analistas acrescentam que a subida dos juros das dívidas soberanas, que atingiram máximos de uma década na semana passada, está também a penalizar o preço do ouro.

Os analistas do Banca March recordam que o ouro caiu 4,7% em setembro. "Um cenário de taxas mais elevadas durante um período de tempo mais longo afeta o metal precioso", afirmam.

Em declarações à Efe, Diego Morín, analista do IG, atribuiu a queda do ouro a "um movimento acelerado" em que a procura foi reduzida em busca de preços "mais atrativos".

Morín acredita que o preço do ouro pode continuar a cair para cerca de 1.800 dólares por onça, a menos que o mercado interrompa a tendência de queda em direção a 1.850 dólares e depois se consolide a partir daí.

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