Com base nestes dados, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) afirmou que reviu ligeiramente em alta (mais 20.000 barris diários) a sua previsão para todo o ano, apontando agora para uma média de 102,11 milhões de barris diários (mbd), um aumento de 2,45% em relação a 2022.

"A procura mundial de petróleo continua a demonstrar vigor e resiliência, com um crescimento melhor do que o esperado no quarto trimestre de 2023", afirma a OPEP no relatório mensal sobre o mercado mundial petrolífero.

Os principais contribuintes para esse crescimento são a China e a Índia, com aumentos de 7,6% (para 16 mbd) e de 4,5% (para 5,4 mbd), respetivamente, em comparação com o ano anterior.

Também a América Latina registou ao longo do ano um aumento sólido de 3,7%, mas a sua procura petrolífera ainda se mantém modesta, em comparação com outras regiões (6,7 mbd), segundo o relatório.

Na Europa ocidental, a OPEP registou um retrocesso do consumo para 13,4 mbd, menos 0,4% do que no ano passado.

Para 2024, os analistas da organização antecipam um consumo em média de 104,31 milhões de barris diários, 2,2% acima do previsto para este ano.

Com base nestes dados, as previsões indicam que a economia mundial crescerá 2,8% em 2023 e 2,6% no próximo ano.

A cotação do barril de referência da OPEP baixou para 87,11 dólares depois de ter atingido mais de 97 dólares em finais de setembro.

A evolução de outros tipos de crude foi similar, com o Brent (de referência na Europa) e o petróleo norte-americano WTI a negociarem hoje a cerca de 81 e de 77 dólares por barril, respetivamente.

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Lusa/fim