As tropas terrestres israelitas continuam a travar combates intensos com forças palestinianas na cidade de Gaza e arredores, mais de seis semanas depois de terem invadido o norte do território, segundo a agência norte-americana AP.

Os confrontos prosseguiram durante a noite e hoje em várias zonas, com especial incidência em Shijaiyah, segundo residentes.

A Rádio do Exército disse que as tropas que estavam a revistar um conjunto de edifícios em Shijaiyah, na terça-feira, perderam a comunicação com quatro soldados que tinham ficado sob fogo, provocando receios de um possível rapto.

Quando os outros soldados lançaram uma operação de salvamento, foram emboscados com tiros pesados e explosivos.

Entre os nove mortos estão o coronel Itzhak Ben Basat, 44 anos, o oficial mais graduado a ser morto na operação terrestre, e o tenente-coronel Tomer Grinberg, comandante de batalhão.

Os militares confirmaram as mortes, mas não responderam a um pedido de comentário.

Vários meios de comunicação social israelitas publicaram relatos semelhantes sobre a batalha, disse a AP.

A chuva intensa que caiu durante a noite inundou os campos de tendas na Faixa de Gaza, onde Israel pediu à população que procurasse refúgio.

Devido aos combates e ao bloqueio de Israel a Gaza, o sistema de saúde e as operações de ajuda humanitária entraram em colapso em grande parte do território.

Os trabalhadores humanitários alertaram para a fome e a propagação de doenças entre as pessoas deslocadas.

A guerra entre Israel e o Hamas, que entrou hoje no 68.º dia, foi desencadeada por um ataque sem precedentes do movimento islamista palestiniano em solo israelita a partir da Faixa de Gaza, em 07 de outubro.

Segundo Israel, 1.200 pessoas, na maioria civis, foram mortas no ataque e cerca de 240 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza.

De acordo com o exército, 135 reféns permanecem em Gaza, incluindo cadáveres.

Cerca de cem reféns foram libertados no âmbito de uma trégua no final de novembro, em troca de prisioneiros palestinianos detidos por Israel.

Após o ataque de 07 de outubro, Israel prometeu aniquilar o Hamas, bombardeando o território palestiniano sitiado e levando a cabo uma vasta operação terrestre desde 27 de outubro.

A resposta militar israelita já matou 18.412 pessoas na Faixa de Gaza, segundo números atualizados hoje pelas estruturas de saúde controladas pelo Hamas, que governa o território desde 2007, citadas pela agência francesa AFP.

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