"Os nossos satélites já mandam muitas imagens e informações aos cientistas aqui no Brasil para localizar a destruição da floresta e nós lançaremos, futuramente, três novos satélites que vão aumentar, e muito, a capacidade de poder identificar e impedir o desmatamento", disse Bill Nelson à imprensa após o encontro com o Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, em Brasília.

Bill Nelson, que também se deslocará à Colômbia e à Argentina no âmbito de um périplo pela região, disse que a conversa de hora e meia com o Presidente brasileiro foi "muito produtiva" e agradeceu-lhe, "em nome de todos os cidadãos da Terra, os seus esforços para tentar salvar a Amazónia".

A ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, declarou que o Governo brasileiro está disposto a colaborar em tudo o que envolva a incorporação de avanços tecnológicos para combater o desmatamento, mas reivindicou os recursos de que o Brasil já dispõe.

Luciana Santos afirmou que os cientistas brasileiros "verificarão as necessidades" e que o Brasil enfrenta os debates sobre o reflorestamento com "muita calma", depois de ter feito o seu "trabalho de casa" ao longo do tempo.

A desflorestação na Amazónia brasileira foi reduzida em 34% no primeiro semestre de 2023, os primeiros seis meses do Governo de Lula da Silva, que se comprometeu a reduzir a zero a destruição da maior floresta tropical do mundo até 2030.

Após o encontro em Brasília, o responsável máximo da NASA e a ministra brasileira deslocam-se na terça-feira a São Paulo para visitar o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e as instalações da empresa aeronáutica brasileira Embraer, um dos maiores fabricantes de aviões do mundo.

"Queremos que [Nelson] observe a nossa indústria espacial brasileira. Temos empresas com capacidade de produção para fornecer à NASA", disse a ministra brasileira.

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