"Temos recebido muitas denúncias de crianças que estão há muito tempo na rua, que foram abandonadas por familiares ou sofreram maus tratos físicos e psicológicos", disse Maria do Livramento Silva, presidente do Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA), um dia depois da abertura do novo centro, com capacidade para acolher 30 crianças.

"Queremos que a criança tenha um pouco mais de proteção", face aos relatos de negligência, abandono, maus tratos e abuso sexual, realçou.

O espaço acolhe menores em permanência, "24 horas por dia e durante sete dias por semana", tendo como meta que, no prazo de um ano, possam regressar ao convívio familiar.

"É necessário trabalhar com os familiares para que, após um certo tempo, possam estar preparados para receber os seus filhos", acrescentou.

Além de crianças da ilha do Sal, o centro poderá também receber menores de outras ilhas, conforme a necessidade.

Cabo Verde passa a contar com três centros de emergência infantil geridos pelo ICCA, sendo os outros dois na cidade da Praia, albergando 36 crianças, e na ilha de São Vicente, com 27 menores.

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