"Falamos do acordo da União Europeia e Mercosul e da necessidade de nos engajarmos [empenharmos] para fazer as coisas rápido", escreveu Lula da Silva, no Twitter, após a reunião com Santiago Peña no Palácio do Planalto, em Brasília.

Na semana passada, a cimeira da UE e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) reuniu em Bruxelas 50 líderes dos dois blocos, tendo como uma das tónicas dar impulso à conclusão do acordo comercial entre a UE a o Mercosul, formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou no final da cimeira estar confiante em que, "nos próximos meses", se consiga concluir o acordo UE-Mercosul.

As negociações do acordo foram dadas por concluídas em 2019, mas o tratado não foi até agora ratificado, devido a reservas entretanto levantadas essencialmente por países europeus, relacionadas com questões ambientais e outras.

Também presente na reunião de hoje em Brasília, o ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, disse que foram discutidos temas como a produção de energia limpa e renovável em Itaipu Binacional, uma enorme barragem hidroelétrica no rio Paraná, entre o Brasil e o Paraguai, que atendeu mais de 13% da energia elétrica brasileira e 90% do consumo de eletricidade paraguaio nos últimos 10 anos.

"Temos uma grande oportunidade de construir pontes e projetos visando, principalmente, a descarbonização do planeta. E o Brasil, como sempre tenho dito, é referência em produção de energia limpa e renovável e tem todo o potencial para ser o grande protagonista mundial nesta missão. E isso tudo buscando o desenvolvimento económico que traga frutos sociais e que garantam a sustentabilidade", afirmou o ministro brasileiro.

Um dia antes, em São Paulo, o presidente eleito do Paraguai, Santiago Peña, disse querer ampliar o intercâmbio de experiências e a cooperação com a maior cidade brasileira.

"A cidade de São Paulo tem uma população maior do que a do Paraguai e para nós é muito importante manter laços, trabalhar juntos e compartilhar experiências", disse Peña, que tomará posse a 15 de agosto, numa cerimónia que contará, entre outras, com a presença de Lula da Silva.

MIM // MAG

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