"As ideias, dos diversos candidatos, naquilo que é uma pluralidade democrática bem característica do nosso partido, acabou por ser benéfica para esclarecer os portugueses daquilo que é o PS, com as suas diferenças", declarou o responsável socialista madeirense após votar na sede da estrutura regional, no Funchal.

O nome do sucessor de António Costa na liderança do PS deverá ser conhecido ao fim da noite de hoje, quando encerrarem as urnas após dois dias de votações, em que 60 mil militantes têm capacidade de voto, 2.000 dos quais na Madeira.

O deputado e ex-ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos, o titular da pasta da Administração Interna, José Luís Carneiro, e o dirigente da linha minoritária Daniel Adrião são os três candidatos a secretário-geral dos socialistas.

Apoiante de José Luis Carneiro, Cafôfo considerou que, mais importante que o seu sentido de voto, é o partido estar unido num "momento difícil, num momento desafiante para o PS, mas também importante para o país".

"No resultado destas eleições internas é importante que possamos mobilizar o partido para ganhar o país", opinou.

O responsável do PS/Madeira, que desempenhou as funções de secretário de Estado das Comunidades no Governo da República demissionário, considerou que nesta campanha eleitoral do partido, "disputada a três, houve a oportunidade acima de tudo de discutir o país"

No seu entender, "o que está em causa é futuro de Portugal, o país continuar o rumo que tem seguido".

Paulo Cafôfo argumentou que, nos últimos oito anos de governação socialista, Portugal se tornou "diferente daquele de 2015", ao nível dos rendimentos, pensões dos portugueses e contas certas.

"O PS é o único partido capaz de ter este equilíbrio: qualidade vida, rendimento para os portugueses e, na mesma, termos os investimentos necessários para Portugal poder ser um país de crescimento acima da média europeia", sublinhou.

Dizendo estar "esperançado num bom resultado no dia 10 de março", apontou estar certo que as eleições internas "não vão criar divisões no futuro, no PS".

"Amanhã já trabalharei com secretário-geral eleito, arregaçando mangas" para as próximas lutas eleitorais, mencionou.

Os socialistas madeirenses "estão alinhados no sentido de responsabilidade do que este voto implica para o futuro do país", assegurou, complementando: "Estamos a votar para o próximo primeiro ministro de Portugal".

processo eleitoral no PS foi aberto com a demissão de António Costa das funções de primeiro-ministro em 07 de novembro, após ser tornado público que era alvo de um inquérito judicial no Supremo Tribunal de Justiça, no âmbito da Operação Influencer.

Além do novo líder do partido, os socialistas vão eleger 1.400 delegados (aos quais se juntam 1.100 com direito de inerência) ao congresso nacional, que se realizará entre 05 e 07 de janeiro, na Feira Internacional de Lisboa.

AMB (JPS/PMF) // SB

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