A informação foi avançada pelo vice-governador provincial de Luanda para o setor económico, Gilson Carmelino, num encontro com a polícia e a Associação Motoqueiros e Transportadores de Angola (Amotrang), depois do anúncio sobre a medida que vai proibir a circulação de mototaxistas nas principais ruas da capital angolana.

Gilson Carmelino manifestou a grande preocupação das autoridades com esta situação, vincando a necessidade de se evitarem as mortes decorrentes de acidentes envolvendo estes profissionais, com um registo no primeiro trimestre deste ano de mais de 300 óbitos.

"Em termos de números, a morgue central de Luanda tem mensalmente realizado mais de 110 funerais de mototaxistas e outros, mas com maior incidência para esta classe", disse o governante, salientando que a maioria das vítimas são naturais de outras províncias do país.

Segundo Gilson Carmelino, com a medida recentemente anunciada, ainda em fase de sensibilização, o governo provincial pretende garantir segurança aos jovens que exercem essa atividade, com idades entre os 17 e os 35 anos, os quais representam cerca de 95% dos mototaxistas.

"As medidas foram publicadas e neste momento estamos num período de sensibilização, portanto, ainda não é de aplicação das medidas. Os nossos efetivos da Polícia Nacional estão informados e preparados para fazerem a sensibilização e não aplicarem qualquer medida de restrição", realçou.

"Os nossos mototaxistas devem continuar a exercer a sua atividade sem qualquer restrição, mas devem começar a acatar as orientações para que tenhamos uma trafegabilidade nas nossas estradas sem mortes, sem sangue, sem feridos. Precisamos garantir o bem vida dos nossos mototaxistas, que têm uma grande influência na transportação de pessoas e bens", acrescentou.

O governo da província de Luanda decidiu proibir a circulação de veículos ciclomotores, motociclos, triciclos, quadriciclos e camiões nas principais estradas da província, devido à elevada taxa de acidentes e mortes, o que levou mototaxistas a reagirem ao anúncio, com a realização de um protesto, quinta-feira, em várias ruas do centro da cidade.

NME // MLL

Lusa/Fim