"Eu não consigo qualificar aquilo que se verifica aqui como um erro de gestão, quando existe uma cheia, em pleno agosto, na Eslovénia que faz parar um componente que nem sequer é fornecido diretamente à Autoeuropa. Portanto, a própria Autoeuropa nem sequer teria condições de aprovisionar esse componente para antecipar essa quebra", afirmou Pedro Cilínio durante uma audição na Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, no parlamento.

O governante foi ouvido juntamente com o secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, na sequência de um requerimento apresentado pelo Bloco de Esquerda (BE) para debater a situação dos trabalhadores da Autoeuropa, que regressaram na segunda-feira ao trabalho, ainda que de forma parcial, após terem estado em 'lay-off' devido a uma paragem de produção forçada de quatro semanas por falta de peças.

Para Pedro Cilínio, na base desta paragem estiveram "disrupções nas cadeias de abastecimento causadas por falta de alguns materiais e por fenómenos climáticos, que têm sido cada vez mais frequentes", sendo esta "uma nova realidade à qual o setor vai ter que se adaptar".

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