"Iremos até o fim para combater essas organizações criminosas, essas máfias. Aqui no estado comprimiremos com a nossa responsabilidade e enfrentaremos de forma implacável essas organizações criminosas, verdadeiras máfias", afirmou Cláudio Castro, durante uma conferência de imprensa.

"Nós estamos falando de uma verdadeira máfia. Uma máfia que hoje é mais do que foi o tráfico de drogas ou de armas. Uma máfia que verdadeiramente tem entrado nas instituições, nos poderes, no comércio, nos serviços, inclusive no sistema financeiro nacional, que infelizmente tem seus próprios tribunais ampliando esse poder nas mais diversas esferas. É uma máfia que vem se expandindo em todo o território nacional", disse, citado pela Agência Brasil.

A polícia brasileira encontrou os corpos sem vida de quatro supostos suspeitos de terem baleado e provocado a morte de três médicos no Rio de Janeiro.

Os agentes localizaram os corpos na manhã de quinta-feira dentro de dois veículos que circulavam em dois pontos diferentes da cidade, segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Os três médicos, que tinham viajado de São Paulo para participar de um congresso internacional de ortopedia, podem, segundo hipóteses apontadas pela investigação, ter sido assassinados por engano, no meio de uma disputa territorial entre quadrilhas de narcotraficantes e grupos paramilitares.

O ataque aos médicos ocorreu na madrugada de quinta-feira numa barraca de praia localizada na orla da Barra Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, e provocou reações de várias lideranças políticas de todo o espetro ideológico, incluindo o Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.

Imagens das câmaras de segurança mostraram que um grupo de homens armados saiu de um veículo branco, foi até à mesa onde estavam os médicos e disparou dezenas de tiros contra eles.

Três morreram e um quarto médico ficou ferido e continua internado num hospital.

Uma das vítimas é Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim e cunhado do também deputado Glauber Braga, ambos militantes do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).

A presença do familiar dos dois parlamentares levantou inicialmente suspeitas de um possível crime político, tese sugerida pelo próprio ministro da Justiça, Flávio Dino.

No entanto, os investigadores acreditam que os homens armados, aparentemente membros de uma fação criminosa, confundiram um dos médicos com um líder paramilitar.

Cláudio Castro afirmou estar "completamente" descartada a motivação política deste crime.

Dada a comoção gerada, os líderes da gangue a que pertenciam os supostos atiradores tê-los-ão executado com a intenção de evitar o assédio das autoridades na busca de esclarecimento do ocorrido, segundo fontes oficiais citadas pelos media brasileiros.

"Nós não iremos parar por aqui. Não é porque se acharam corpos que as investigações vão terminar. Elas serão ampliadas. Iremos até o fim para que a gente possa combater essa máfia e a guerra que eles estão provocando", garantiu o governador brasileiro.

MIM (CYR) // RBF

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