Num comunicado, que cita o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, o Departamento de Estado salienta que "as mortes de civis aumentaram 278% desde que os efetivos da Wagner foram destacados para o Mali em dezembro de 2021".

"Muitas dessas mortes foram o resultado de operações conduzidas pelas Forças Armadas do Mali ao lado de membros do Grupo Wagner", acrescenta-se na nota.

Os três dirigentes malianos sancionados são o ministro da Defesa do Mali, coronel Sadio Camara, o chefe do Estado-Maior da Força Aérea, coronel Alou Boi Diarra, e o vice-chefe do Estado-Maior, tenente-coronel Adama Bagayoko.

Segundo o Departamento de Estado, os três responsáveis prestaram assistência material, patrocinaram ou prestaram apoio financeiro, material ou tecnológico ao grupo Wagner.

"Os Estados Unidos continuarão a tomar medidas contra aqueles que facilitam as atividades desestabilizadoras do grupo Wagner, que representam ameaças à paz e à segurança no Mali e na região", frisa o Departamento de Estado.

A concluir a nota, o Departamento de Estado recorda que na qualidade de "maior doador bilateral de ajuda ao desenvolvimento e de ajuda humanitária ao Mali, os Estados Unidos apoiam o povo do Mali nas suas aspirações de paz, prosperidade e democracia".

A atual junta militar que governa o Mali desde o golpe de Estado de agosto de 2020, cortou as ligações com a França, antiga potência colonial, em 2022 e virou-se para a Rússia, abrindo a porta aos mercenários do grupo Wagner, frequentemente acusado de cometer abusos de direitos humanos.

EL (MBA) // JH

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