"Nós achamos que [o escalonamento de horários] vai ser uma grande valia para a população do grande Maputo", disse Margarida Talapa, em declarações à comunicação social local.

Segundo a ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social, a proposta, que abrange a função pública e o setor privado, está "nos últimos alinhamentos" e deverá ser submetida ao Conselho de Ministros.

"O que nós vamos fazer, como comissão consultiva do trabalho, é verificar se todos os setores estão de acordo com aquilo que vai ser apresentado", referiu a governante.

A área metropolitana de Maputo, com cerca de três milhões de habitantes, cobre o distrito de Marracuene e os municípios de Maputo, Matola e Boane, concentrando "mais de 70% do parque automóvel de todo o país", segundo dados avançados pelo ministro dos Transportes moçambicano.

O setor de transportes em Moçambique constitui um dos mais deficitários ao nível dos serviços públicos no país, principalmente o transporte rodoviário, onde a crise de meios desencadeou o recurso a veículos de caixa aberta, jocosamente conhecidos por "my love", dada a proximidade física com que os passageiros viajam na caixa de carga de mercadorias e a necessidade de, por vezes, se abraçarem para não caírem à estrada.

A situação tende a agravar-se devido à escalada dos preços dos combustíveis, com paralisações constantes do transporte de passageiros em várias cidades moçambicanas, em sinal de protesto pela falta de aumento das tarifas de viagem, que são reguladas.

LYN (EYAC) // VM

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