Numa conferência de imprensa conjunta, no início de uma viagem a África, Wang Yi afirmou que, tal como o homólogo egípcio, Sameh Choukri, são a favor de "um Estado da Palestina independente e soberano dentro das fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital".

Já num comunicado conjunto, os dois chefes da diplomacia apelaram também para o "fim da violência e dos combates" e ainda à realização de "uma cimeira internacional de paz para encontrar uma solução justa, global e duradoura para a questão palestiniana".

Para tal, acrescentaram, deve pôr-se termo à "ocupação" israelita e criar-se um Estado da Palestina "independente e com continuidade territorial", apesar de os palestinianos viverem atualmente sob dois governos rivais e paralelos.

A Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), do Presidente Mahmoud Abbas, detém partes da Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967, enquanto o Hamas - em guerra com Israel desde o seu ataque a solo israelita a 07 de outubro de 2023 - controla a Faixa de Gaza.

A China mantém boas relações com Israel, mas apoia a causa palestiniana há várias décadas e considera que a Palestina é um Estado.

Pequim tem defendido tradicionalmente a solução de dois Estados.

No 100.º dia de guerra, o Ministério da Saúde do Hamas contabilizou, segundo os dados hoje disponibilizados, 23.968 palestinianos mortos, na sua maioria mulheres e menores, e 60.582 feridos na Faixa de Gaza.

O ataque de 07 de outubro fez cerca de 1.140 mortos em Israel, na maioria civis, segundo uma contagem da agência noticiosa France-Presse (AFP) baseada em dados israelitas.

JSD // MSF

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