Além dos dois mortos, duas pessoas foram levadas para o hospital com ferimentos ligeiros sofridos no ataque, que causou graves danos a uma infraestrutura envolvida na produção de óleo alimentar. As equipas de socorro estão a procurar nos escombros os dois desaparecidos.

De acordo com o chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andri Yermak, as vítimas eram trabalhadores do turno da noite da fábrica de óleo de uma área parcialmente destruída pelo fogo, causado pela queda de mísseis russos.

Desde o fim, em meados de julho, do chamado acordo sobre os cereais, no qual era prevista a saída de cereais de três portos ucranianos na região de Odessa, a Rússia tem visado sistematicamente as infraestruturas de produção, armazenamento e exportação marítima de produtos agrícolas ucranianos.

A Ucrânia é um dos principais exportadores agrícolas do mundo. O bloqueio do Mar Negro pela Rússia e os ataques ao setor agrícola e portuário da Ucrânia continuam a causar graves perturbações no mercado alimentar internacional.

O vice-ministro da Defesa ucraniano, Ganna Maliar, anunciou esta manhã que o exército ucraniano reconquistou às forças russas a aldeia de Robotyne, na frente sul, onde as forças de Kiev têm estado a conduzir uma difícil ofensiva desde meados de junho.

"Robotyne foi libertada. As nossas forças estão a avançar para sudeste de Robotyne e para sul de Mala Tokmachka", disse Maliar na televisão ucraniana, referindo-se às duas cidades na região de Zaporijjia.

Por outro lado, fontes do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) reivindicaram a autoria de um ataque com 'drones' na madrugada de domingo contra aviões Su-30 e MiG-29 num aeródromo na região russa de Kursk.

Os 16 'drones' lançados pela Ucrânia terão também atingido um sistema de mísseis S-300 e dois sistemas autopropulsionados Pantsir. As fontes afirmam que todos os alvos do ataque foram atingidos.

O ataque terá sido realizado pela contraespionagem do SBU, o serviço de informações internas da Ucrânia.

Nos últimos dias, várias estruturas de segurança de Kiev reivindicaram a responsabilidade por vários ataques a aeródromos, portos e outras bases militares na Federação Russa e na península ucraniana da Crimeia, ocupada pela Rússia desde 2014, nos quais conseguiram destruir equipamento militar e eliminar soldados russos.

EJ // SB

Lusa/Fim