Este é o caso mais recente de uma onda de sequestros que têm visado empresários e suas famílias em Moçambique.

A vítima comprava produtos alimentares em bancas de rua no bairro da Ponta Gea, quando, "de repente, quatro homens com uma pistola desceram de uma viatura, pegaram nela, levaram-na para o interior do automóvel e saíram", descreveu uma das pessoas no local.

"Ela estava acompanhada por uma amiga de escola", acrescentou.

Contactada pela Lusa, a família não quis prestar declarações.

A polícia remeteu esclarecimentos para mais tarde.

Numa avaliação sobre a criminalidade, apresentada no início do mês, a procuradora-geral da República de Moçambique referiu que os crimes de rapto têm vindo a aumentar e os grupos criminosos têm ramificações transfronteiriças, mantendo células em países como África do Sul.

De acordo com Beatriz Buchili, foram registados 14 processos-crime por rapto em 2021, contra 18 em 2020, sem contar com casos que escapam à contabilidade oficial.

A procuradora-geral disse ainda que as "vítimas de rapto" são "constantemente chantageadas" pelos raptores, mesmo depois de libertadas, para lhes continuarem a pagar quantias em dinheiro, agravando o sentimento de insegurança.

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