"As equipas de resgate não se podem deslocar e, por conseguinte, não podem chegar aos feridos", acrescentou o Crescente Vermelho, que gere o hospital.

O Ministério da Saúde do Hamas denunciou ainda um ataque do exército israelita a várias alas do hospital Al Shifa, também na cidade de Gaza.

Israel acusa o Hamas, organização considerada terrorista por União Europeia e Estados Unidos, de usar unidades hospitalares de Gaza para atacar as suas forças e mesmo de manter centros de comando no subsolo das mesmas.

O Exército israelita confirmou hoje ter "revistado todos os andares, edifício a edifício".

Na quarta-feira, as forças israelitas afirmaram ter encontrado nas instalações do Hospital Al Shifa, o maior da Faixa de Gaza, um centro de comando operacional, armas e recursos tecnológicos, nas suas operações contra o movimento islamita palestiniano Hamas.

"Um centro de comando operacional, armas e recursos tecnológicos foram encontrados no edifício de ressonância magnética do Hospital Al Shifa, na cidade de Gaza", declara um comunicado as Forças de Defesa Israelitas (FDI), adicionando que as suas tropas continuam "a operação precisa e direcionada contra a organização terrorista Hamas" nesta unidade hospitalar.

As FDI descrevem que, quando os soldados entraram no complexo hospitalar, "enfrentaram vários terroristas e mataram-nos" e, em seguida, durante buscas num dos departamentos do hospital, "localizaram uma sala com bens tecnológicos, além de equipamentos militares e de combate" utilizados pelo Hamas.

A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada pelo ataque do movimento palestiniano de 07 de outubro em território israelita, o primeiro do género desde a criação do Estado judaico.

Do lado israelita, cerca de 1.200 pessoas foram mortas, sobretudo civis, massacrados nesse dia, e cerca de 240 pessoas foram feitas reféns, segundo as autoridades.

Em retaliação, Israel tem bombardeado implacavelmente a Faixa de Gaza, que se encontra sob um cerco total. Os bombardeamentos israelitas mataram mais de 11.500 pessoas, na sua maioria civis, incluindo 4.710 crianças, de acordo com o governo do Hamas.

JAZF/PDF (HB/JSD) // PDF

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