O último relatório trimestral do Banco do Japão (BoJ) sobre as perspetivas económicas, conhecido como Tankan, notou que o índice de confiança das grandes empresas industriais nacionais se situou, no período em análise, em nove pontos, mais quatro do que no trimestre anterior.

O valor está em linha com as previsões publicadas pelo BoJ e sugere que os grandes grupos japoneses estão otimistas quanto ao crescimento económico sustentado do país, de 1,2% em termos trimestrais entre janeiro e março, apesar de alguns fatores de incerteza como a inflação e a acentuada debilidade do iene.

Embora um iene fraco impulsione as vendas dos exportadores japoneses, também inflaciona os já crescentes custos de importação de matérias-primas e energia, reduzindo a margem de lucro das empresas, altamente dependentes destas compras, e obrigando-as a repercutir estes aumentos nos preços.

As grandes empresas nipónicas esperam aumentar as despesas de capital em 13,6 % no atual ano fiscal, que termina em 31 de março de 2024, e preveem uma queda nos lucros de 1,8%.

As grandes empresas não industriais do Japão também se mostraram otimistas e, neste último relatório trimestral, a confiança aumentou quatro unidades, para 27 pontos.

De acordo com as previsões do BoJ, a confiança das grandes empresas industriais deverá melhorar um ponto no trimestre que acaba de começar, mas a confiança das empresas não industriais deverá diminuir seis pontos.

O índice Tankan mede a percentagem de empresas japonesas que acreditam que as condições de negócio são favoráveis, menos as que pensam o contrário, e é considerado uma importante antecipação do crescimento económico do Japão.

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