"Decidi chamar a nossa embaixadora em Israel para consultas. Se Israel não parar o massacre do povo palestiniano, não poderemos estar lá", disse Petro na rede social X (antigo Twitter), na terça-feira.

Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Colômbia pediu ao movimento islamita palestiniano Hamas e a Israel que estabeleçam um cessar-fogo e respeitem o direito humanitário Internacional.

Além disso, apelou à comunidade internacional para "realizar de forma urgente" negociações de paz que incluam o reconhecimento dos dois Estados (Israel e Palestina) por todas as nações, para garantir a "coexistência pacífica entre os dois povos" e "trazer a paz à região".

Gustavo Petro já tinha criticado severamente, nas redes sociais, a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza, algo que levou o embaixador israelita em Bogotá, Gali Dagan, a acusar o Presidente colombiano de fazer comentários antissemitas.

Também na terça-feira, o Chile decidiu convocar o embaixador em Israel, Jorge Carvajal, para consultas devido às "inaceitáveis violações" do direito internacional humanitário "que Israel cometeu na Faixa de Gaza".

"O Chile condena veementemente e constata com grande preocupação que estas operações militares - que, nesta fase do seu desenvolvimento, implicam uma punição coletiva da população civil palestiniana em Gaza - não respeitam as normas fundamentais do direito internacional", afirmou o Governo em comunicado.

Os bombardeamentos que Israel tem levado a cabo em Gaza, depois de ter sido atacado pelo Hamas a 07 de outubro, fizeram mais de 8.300 pessoas e mais de 21 mil feridos de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.

Na terça-feira, o exército israelita bombardeou o campo de refugiados de Jabaliya, no norte da Faixa de Gaza, matando pelo menos 145 pessoas.

Entre as vítimas, segundo o exército israelita, encontra-se Ibrahim Biari, comandante do batalhão central de Jabaliya do Hamas e um dos líderes responsáveis pelo ataque a Israel, que fez pelo menos 1.400 mortos e 240 reféns.

Na terça-feira, a Bolívia anunciou que cortou relações diplomáticas com Israel, alegando que o ataque contra a população da Faixa de Gaza é uma "ofensiva militar agressiva e desproporcional".

Em comunicado, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Bolívia, Freddy Mamani Machaca, informou que o Governo "tomou a determinação de cortar relações diplomáticas com o Estado de Israel, em repúdio e condenação da agressiva e desproporcional ofensiva militar israelita que está a ser levada a cabo na Faixa de Gaza".

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