"Apelamos ao Fórum das Administrações Fiscais da África Ocidental (WATAF, sigla inglesa) a zelar pela procura de novas ferramentas para melhor compreender o crime financeiro cada vez mais sofisticado", defendeu Adalgisa Vaz, secretária de Estado do Fomento Empresarial.

A governante falava na abertura da 19.ª Assembleia Geral do WATAF e 5.º Diálogo Político de Alto Nível desta organização, a decorrer até sexta-feira, na Praia, encontros promovidos pela WATAF e pela Direção Nacional de Receitas do Estado (DNRE) de Cabo Verde, enquanto administração anfitriã.

Adalgisa Vaz disse que deve ser privilegiada "uma resposta coordenada à questão dos fluxos financeiros ilícitos e da evasão fiscal".

Segundo a governante, essa resposta dos membros do WATAF deve estar baseada "num pacto para a transparência, em colaboração com o poder local, os governos centrais, parlamento, atores da sociedade civil, ONGs, instituições financeiras nacionais e internacionais e parceiros de desenvolvimento".

A secretária de Estado do Fomento Empresarial de Cabo Verde destacou ainda "avanços significativos na agenda de transparência fiscal em África", contabilizando a mobilização de cerca de 1,7 mil milhões de euros, desde 2009, graças à implementação de diversas normas.

Cabo Verde é membro do WATAF desde 2015, e tem vindo a beneficiar de várias formações técnicas sobre inspeção tributária, preços de transferência, avaliação de riscos, relações fiscais internacionais, entre outras matérias.

O WATAF é um órgão fiscal internacional, fundado a 12 de setembro de 2011, em Abuja, Nigéria, que reúne os 15 estados-membros da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), com o objetivo de melhorar a qualidade dos serviços das administrações fiscais e das suas autoridades.

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