A produção diária de petróleo e gás natural no Brasil, que é o nono maior produtor de hidrocarbonetos do mundo, avançou 5,2% face a maio (4,11 milhões de barris por dia) e superou a de fevereiro deste ano (4,18 milhões de barris por dia), até então a maior do país, segundo com dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Só de petróleo, o país sul-americano produziu 3,36 milhões de barris por dia em junho, volume 5,2% superior ao de maio e 19% superior ao do mesmo mês do ano passado.

A produção de junho foi também o maior volume de petróleo extraído pelo Brasil na sua história e superou o recorde anterior, estabelecido em janeiro deste ano (3,27 milhões de barris por dia).

Quanto ao gás natural, a país produziu 152,3 milhões de metros cúbicos por dia em junho, com crescimento de 5,4% em relação à produção de maio deste ano e de 14,6% face ao mesmo mês de 2022.

Foi também a maior média diária da história do Brasil e superou o recorde de outubro do ano passado (149 milhões de metros cúbicos por dia).

Segundo a ANP, o forte aumento da produção foi impulsionado pela produtividade dos poços do pré-sal, jazidas de exploração em águas muito profundas do Atlântico situadas abaixo de uma camada de sal com dois quilómetros de espessura e cujas gigantescas reservas podem tornar o Brasil o terceiro maior produtor de hidrocarbonetos do mundo.

Segundo o órgão regulador do setor no Brasil, a produção brasileira de petróleo e gás no pré-sal em junho foi de 3,24 milhões de barris por dia, o que já equivale a 75% de toda a produção do país. O aumento foi de 1,5% face a maio e de 17,5% face a junho do ano passado.

O campo de Tupi, que extrai hidrocarbonetos do pré-sal da bacia marítima de Santos, foi confirmado em junho como o maior produtor do Brasil com uma produção diária de 790 mil barris de petróleo e 37,8 milhões de metros cúbicos de gás natural.

De acordo com o boletim mensal da ANP, 97,6% da produção brasileira de petróleo e 83,2% da produção de gás natural foram extraídos de poços 'offshore.'

Quanto aos produtores, a estatal brasileira Petrobras foi responsável por 88,3% de toda a produção do país de petróleo e gás natural em junho. Seguiram-se a anglo-holandesa Shell, a francesa Total Energies, a portuguesa Petrogal, o consórcio chinês Cnooc e a espanhola Repsol.

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