"Os Estados Unidos acreditam que todos estes esforços serão facilitados por estas pausas humanitárias", disse Blinken numa conferência de imprensa, em Amã, sobre os esforços para poupar os civis palestinianos e acelerar a entrega de ajuda à Faixa de Gaza.

O responsável pela diplomacia norte-americana falava ao lado dos homólogos do Egito e da Jordânia, após uma reunião ministerial em Amã com cinco países árabes.

O ministro responsável pelos assuntos estrangeiros da Jordânia, Ayman Al-Safadi, pediu "o fim da guerra" em Gaza, falando em "crimes de guerra" de Israel.

"Não aceitamos a noção de autodefesa", disse, enquanto o homólogo egípcio, Sameh Choukri, exigia um "cessar-fogo imediato e incondicional".

Por seu lado, Blinken reiterou que os Estados Unidos consideram que tal cessar-fogo apenas "manteria o Hamas no lugar", expondo as perceções divergentes do conflito entre os Estados Unidos, Israel, por um lado, e os países árabes, por outro.

O secretário de Estado norte-americano vai deslocar-se à Turquia este domingo e segunda-feira no âmbito da sua visita ao Médio Oriente, anunciou hoje Departamento de Estado.

A 07 de outubro, o Hamas -- classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - efetuou um ataque de dimensões sem precedentes a território israelita, fazendo mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns, que mantém em cativeiro na Faixa de Gaza.

Iniciou-se então uma forte retaliação de Israel àquele enclave palestiniano pobre, desde 2007 controlado pelo Hamas, com cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que completou na quinta-feira o cerco à cidade de Gaza.

AAT (LT)// PC

Lusa/Fim