Lew, que foi também chefe de gabinete da Casa Branca e diretor do Gabinete de Gestão e Orçamento da Presidência durante as administrações dos democratas Bill Clinton e Barack Obama, além de secretário do Tesouro, sucederá ao embaixador Tom Nides, que deixou o cargo em julho.

Se Lew for confirmado pelo Senado, ocupará um dos postos mais importantes da diplomacia norte-americana, quando a administração Biden pressiona Israel e a Arábia Saudita -- duas das maiores potências do Médio Oriente, mas rivais de longa data -- para normalizarem as suas relações.

O esforço para fortalecer essa relação historicamente tensa surge depois de a administração do republicano Donald Trump ter ajudado a facilitar os "Acordos de Abraão", normalizando as relações entre Israel e os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein e Marrocos.

Um acordo de normalização com a Arábia Saudita tem o potencial de reconfigurar a região e reforçar a posição de Telavive de forma significativa, mas a mediação de um acordo é dificultada pela posição de Riade de que não reconhecerá oficialmente Israel antes de uma resolução para o histórico conflito israelo-palestiniano.

Lew é atualmente sócio-gerente da Lindsay Goldberg, uma empresa de fundos de investimento, e professor visitante na Universidade de Columbia, em Nova Iorque.

Uma porta-voz de Lew disse que ele não tinha nenhum comentário imediato sobre sua nomeação.

O presidente da Maioria Democrática para Israel (um grupo pró-israelita no Partido Democrata), Mark Mellman, disse que Lew assumirá o cargo "conhecedor das complexidades das relações internacionais e das questões urgentes que Israel e a aliança Estados Unidos-Israel enfrentam".

HB // PDF

Lusa/Fim