"Isto é apenas o começo (...) Terminaremos esta guerra mais fortes do que nunca", disse Benjamin Netanyahu sem fornecer mais detalhes sobre a eventual ofensiva terrestre em Gaza.

"Estamos a atingir os nossos inimigos com uma força sem precedentes e, sublinho, isto é apenas o começo. Os nossos inimigos só agora começaram a pagar o preço. Não vou detalhar os nossos planos, mas digo-vos que isto é apenas o começo", acrescentou Netanyahu.

"Nos meus contactos telefónicos com o Presidente (Joe) Biden (dos Estados Unidos) e outros líderes mundiais, e através de muitos outros esforços, estamos a assegurar um vasto apoio internacional a Israel", afirmou o primeiro-ministro.

"Vamos destruir o Hamas, vamos triunfar. Pode levar tempo, mas acabaremos esta guerra mais fortes do que nunca. 'Que o Todo-Poderoso' faça com que os inimigos que se levantam contra nós sejam abatidos", concluiu o chefe do Governo de Israel.

Trata-se de uma curta declaração proferida no início do shabatt (que começa ao pôr do sol de sexta-feira) e a poucas horas do final do ultimato para a saída da população civil de Gaza.

Os prazos comunicados por Israel dizem respeito também à evacuação do hospital do enclave.

As Forças de Defesa de Israel fizeram movimentar hoje de manhã uma coluna de mais de cinquenta veículos blindados para Gaza a partir de Sderot, a leste do enclave, enquanto bombardearam durante todo o dia o território com artilharia.

Para a população civil israelita da região tratou-se do primeiro movimento de tropas no sentido de uma invasão terrestre contra Gaza, onde o Hamas mantém como reféns mais de uma centena de israelitas.

A campanha terrestre do Exército de Israel é esperada desde o início da resposta ao ataque de grande envergadura do Hamas no sábado passado.

Por outro lado, durante todo o dia, as forças do Hamas mostraram capacidade, sobretudo durante a tarde para continuar a disparar mísseis contra as zonas urbanas de Israel junto à Faixa de Gaza.

O grupo islamita Hamas lançou no sábado passado um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.

PSP // CC

Lusa/fim