O bombardeamento, cujo balanço final poderá ser consideravelmente mais elevado, segundo o ministério, destruiu "pelo menos 20 edifícios" no campo de refugiados de Jabaliya. Questionado pela agência de notícias francesa AFP, o Exército israelita não reagiu até agora.

Num vídeo filmado pela AFPTV, é possível contar pelo menos 47 corpos cobertos por lençóis alinhados no chão da entrada de um hospital, depois de terem sido retirados dos escombros. As imagens mostram também uma enorme cratera e a destruição causada pelo bombardeamento.

"Massacre de Jabaliya, mais de 20 edifícios foram destruídos sobre as cabeças dos seus habitantes e mais de 50 mártires chegaram ao hospital", indicou o ministério num comunicado à imprensa.

Dezenas de habitantes do campo de refugiados "encontram-se ainda sob os escombros", acrescentou.

"Ouvi uma enorme explosão que abalou toda a cidade de Jabaliya. Fui ver, e era um cenário como o de um sismo", disse um residente no campo, Ragheb Aqel, de 41 anos.

"É horrível, há tantos cadáveres, tantos feridos, tantos pedaços de corpos soterrados sob os escombros", acrescentou.

Hoje, ao meio-dia local (10:00 de Lisboa), o Ministério da Saúde do Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007, anunciou que 8.525 pessoas, incluindo 3.542 crianças, tinham sido mortas naquele território palestiniano desde o início da guerra com Israel.

Esta guerra foi desencadeada por um ataque sem precedentes realizado pelo movimento islamita palestiniano (classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel) no território israelita a 07 de outubro, que fez mais de 1.400 mortos, na maioria civis, segundo as autoridades israelitas.

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