Em declarações aos jornalistas, na cidade da Praia, Amadeu Cruz apontou várias medidas em curso para o arranque do ano letivo 2023/2024, entre as quais a ação social escolar, que contempla o transporte, mas também as cantinas escolares, que funcionam nos estabelecimentos de ensino pré-escolar e ensino básico obrigatório públicos, nos 22 concelhos.

Entretanto, disse que o Governo está a estudar o seu eventual alargamento no ensino secundário (do 9.º ao 12º ano) em mais algumas situações com uma refeição quente.

Segundo dados da Fundação Cabo-verdiana de Educação Social Escolar (Ficase), no ano letivo 2021/2022, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) distribuiu refeições a 90.725 alunos do pré-escolar, ensino básico obrigatório e ensino secundário, contribuindo para a "melhoria" do seu estado nutricional e saúde.

Na preparação para o novo ano letivo, cuja cerimónia oficial de abertura será no município da Ribeira Grande de Santo Antão, o ministro disse que o Ministério da Educação já está a trabalhar na colocação de professores e que haverá a contratação de mais de duas centenas de docentes.

"Vamos contratar cerca de 240 novos professores para o preenchimento de vagas que emergem da aposentação, das licenças sem vencimento e de outras situações", indicou, dizendo que se está ainda em processo de publicação do despacho que aprova o calendário letivo.

Neste momento, avançou que o ministério está a ultimar a colocação dos manuais do 1.º ao 8.º ano e que, pela primeira vez, haverá um manual do 9.º ano.

Além dos programas do 11.º ano de escolaridade, Amadeu Cruz disse que se está também a trabalhar na distribuição de 'kits' escolares, para garantir a "estabilidade" no arranque do novo ano letivo.

Também estão a ser realizados trabalhos de melhoria das infraestruturas escolares, com particular incidência na cidade da Praia, mas também no interior da ilha de Santiago, no Fogo, em Santo Antão e em São Vicente, onde há situações mais críticas.

"Estamos a trabalhar com empenhamento, isto não quer dizer que não haverá uma ou outra falha, as falhas acontecem, mas estamos cientes de que faremos a monitorização do arranque do ano letivo e vamos afinando como tem sido hábito", perspetivou.

Amadeu Cruz apelou ainda aos pais para continuarem a acompanhar os seus filhos e a participar nas reuniões e atividades das escolas, nomeadamente uma campanha nacional de limpeza das escolas em 16 de setembro.

Quanto aos professores, garantiu que o Ministério da Educação vai continuar a trabalhar para estabilizar as carreiras, com reclassificação de cerca de 160.

"Estamos a tomar todas as medidas. Podemos falhar num ou noutro caso, estamos cientes de que nem tudo é perfeito e nem sequer estamos em condições de atingir a perfeição, nem nós nem ninguém, mas estamos a fazer o máximo", sublinhou o governante.

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